Anais do Evento
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BIOCOMBUSTÍVEIS
CARACTERÍSTICAS ENERGÉTICAS DO TECIDO LESIONADO POR CANCRO NO TRONCO DE MOGNO AFRICANOGustavo S. J. Pereira1, Rodrigo de S. Oliveira1, Macksuel F. da Silva1, Brenda R. de Souza1, Benito P. Neto1, Mariana P. Franco1, Carlos R. S. Jr1
1Universidade Federal de Goias
E-mail: crsettejr@hotmail.com
A constante demanda da sociedade por madeira de qualidade associado a preocupação com a exploração de florestas nativas promovem o surgimento de espécies alternativas como o Mogno Africano (Khaya spp.). Com a chegada das matrizes, iniciou-se um ciclo de produção e o cultivo desta espécie se alastrou, resultando no aumento da ocorrência de pragas e doenças, como o Cancro, associado a presença do fungo Lasiodiplodia theobramae Pat. Griffon & Maubl, que se manifesta na forma de lesões salientes na casca. As lesões, em sua maioria, são fendas longitudinais que exsudam resina, destruindo as camadas superficiais do tronco, ocasionando intumescimento e trincamento das cascas. Como parte do combate e do manejo do Cancro, são previstos métodos como a raspagem do tecido lesionado do tronco, que gera uma grande quantidade de material (casca+resina+fungo) e que podem ser utilizados para fins energéticos. Nesse sentido, o trabalho objetivou o estudo das características energéticas do tecido lesionado retirado durante a raspagem do Cancro das árvores de Mogno Africano. Amostras do tecido foram coletadas do tronco de árvores de plantação localizada em Goiás e na sequência trituradas e moídas. Os resultados indicaram densidade a granel de 300 kg m-3, teor de cinzas, carbono fixo e voláteis de 2,6; 6,6 e 90,8%, respectivamente, com poder calorífico superior de 7.323 kcal kg-1. Como análises complementares, sugere-se a determinação dos componentes químicos, como o teor de extrativos e lignina. Os resultados preliminares indicam o potencial da utilização do tecido lesionado retirado do tronco das árvores de Mogno Africano como parte do combate ao Cancro, para fins energéticos.
Palavras-chave: resíduo florestal, bioenergia, Khaya spp.
Agradecimentos: Laboratório de Qualidade da Madeira e Bioenergia - LQMBio/UFG