Anais do Evento
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RESÍDUOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
APROVEITAMENTO DE RESÍDUO DE MEDIUM DENSITY FIBERBOARD (MDF) COMO BRIQUETESBruna I. P. da Silva1, Indiara N. M. Ferreira1, Jovan M. R.1, Lázaro A. P. Júnior1, Mariana P. Franco11, Carlos R. S. Júnior11
1Universidade Federal de Goiás, Laboratório de Qualidade da Madeira e Bioenergia, Goiânia, Brasil
E-mail: brunaisaps@hotmail.com
O processamento dos painéis de MDF ou painéis de chapa de fibras de média densidade (MDF) ou (Medium Density Fiberboad, MDF), para a fabricação de móveis, gera uma grande quantidade de resíduos que constituem passivo ambiental, podendo ser utilizados para geração de energia na forma de biocombustível sólido. Neste contexto, o trabalho tem como objetivo a avaliação das características energéticas do resíduo de MDF e o seu aproveitamento para produção de briquetes. Resíduos do processamento de MDF foram coletados em serraria e determinados o teor de umidade, perfil granulométrico, densidade a granel e materiais voláteis. Na sequência, foram produzidos briquetes em laboratório, nas condições de 120°C de temperatura, 5 minutos de pressão a 140 kgf cm-2 e 10 minutos de resfriamento com ventilação forçada, tendo sido produzidos briquetes com 4 cm de diâmetro e altura. Nos briquetes foram determinados o teor de umidade, densidade aparente e durabilidade. O resíduo apresentou granulometria fina, com 67% retido nas malhas de 60 e 100 mesh; teor de umidade (7,12%), densidade à granel de 244 kg m-3 e materiais voláteis de 82%. O processo de briquetagem diminui o teor de umidade para 6,97%, aumentou a densidade aparente para 1.040 kg m-3, apresentando alta durabilidade (99,6%). Os resultados indicam a viabilidade técnica do aproveitamento de resíduos de MDF para o uso energético na forma de briquetes, sendo uma alternativa que está em conformidade com a premissa de sustentabilidade ambiental e que apresenta valor econômico agregado, uma vez que o resíduo representa custo e responsabilidade ambiental, bem como se caracteriza como biomassa lignocelulósica.
Palavras-chave: processo de densificação, bioenergia, painéis de madeira.
Agradecimentos: À Universidade Federal do Goiás (UFG) e Laboratório de Qualidade da Madeira e Bionergia (LQMBio).