Anais do Evento
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BIOCOMBUSTÍVEIS
BLENDAS DE RESÍDUOS MADEIREIROS DE TRÊS ESPÉCIES FLORESTAIS PARA PRODUÇÃO DE BRIQUETESMarco A. M. Bahia1, Lohainny T. V. Santos1, Julia C. Santos1, Filipe G. Sousa1, Luriene H. G. Kalinke1, Carlos R. S. Júnior1
1Universidade Federal de Goiás
E-mail: raquel.menestrino@gmail.com
A geração de resíduos é uma característica marcante na cadeia produtiva florestal, tornando-se um passivo ambiental. Uma alternativa interessante para o aproveitamento dos resíduos é a sua destinação para geração de energia, sendo necessária a realização de avaliações técnicas para comprovar sua viabilidade. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi caracterizar a qualidade de briquetes produzidos a partir de blendas de resíduos da madeira de Dipterix sp. (Cumaru), Hymenolobium sp. (Angelim) e Pinus sp. Os resíduos madeireiros das três espécies foram coletados em serraria e misturados em proporções iguais (33% de cada resíduo) para a caracterização da biomassa, sendo determinados perfil granulométrico, densidade a granel e o teor de umidade. Os briquetes foram produzidos em briquetadeira labotatorial, utilizando-se 120 ºC de temperatura, 5 minutos de prensagem, pressão de 140 Kgf cm-2 e resfriamento por 5 minutos. Para a qualidade dos briquetes foram avaliados a densidade aparente, teor de umidade e durabilidade. Como resultados, encontrou-se para densidade à granel e teor de umidade, 170 kg m-3 e 12%, respectivamente. Para o perfil granulométrico, observa-se que a maior parte do resíduo ficou retida na peneira de 60 mesh. O teor de materiais voláteis foi de 82,06%. Para o briquete, a perda de massa foi mínima, representando apenas 0,4% após o teste de friabilidade. A densidade aparente foi de 1.150,00 kg m-3, o que representou um aumento de aproximadamente dez vezes em relação à densidade do resíduo in natura. O uso de blendas é uma alternativa para o aproveitamento dos resíduos madeireiros para produção de energia na forma de biocombustível sólido.
Palavras-chave: biocombustível sólido, passivo ambiental, biomassa.
Agradecimentos: Ao Laboratório de Qualidade da Madeira e Bioenergia da Universidade Federal de Goiás