Anais do Evento

A pressão da comunidade para reduzir as emissões de gases de efeito estufa aliada a baixa eficiência do motor de combustão e as melhorias nas tecnologias de armazenamento de energia elétrica dos veículos elétricos, resultou no crescimento em popularidade desses automóveis nos países desenvolvidos, reduzindo o consumo e a dependência de combustíveis fósseis e aproveitando a produção de energia vinda de fontes renováveis. A energia usada para recarregar os veículos elétricos deverá ser fornecida pela rede de distribuição de energia elétrica. Em determinados períodos costuma acontecer o carregamento simultâneo de um número grande de veículos trazendo impactos significativos nas redes de distribuição como o aumento do pico de carga, degradação da qualidade da energia, subtensões, congestionamento nas linhas e o excessivo aumento das perdas de potência. Esses problemas podem ser intensificados por um carregamento descoordenado dos VEs. Nesse contexto, esquemas de carregamento coordenado, nos quais o operador do sistema de distribuição irá controlar o carregamento dos veículos, podem ser usados para reduzir os impactos negativos dos veículos elétricos na operação do sistema de distribuição. Neste trabalho foi desenvolvido um modelo de programação cônica inteira de segunda ordem para o carregamento coordenado dos VEs em uma rede de distribuição de energia elétrica. A formulação proposta tem como objetivo a minimização da energia não carregada em cada VEs e visa satisfazer as restrições de operação da rede. O modelo matemático de otimização usado para resolver o planejamento de sistemas de distribuição para o carregamento de VEs foi implementado na linguagem de modelagem AMPL, testado em um sistema de 33 barras da literatura e resolvido usando o solver CPLEX. Nos primeiros testes foram apresentados os principais impactos que a rede sofre com o carregamento dos VEs sem nenhum tipo de controle. Na sequência, são mostradas as melhorias que o controle coordenado, definido pelo modelo matemático, proporciona à rede e aos usuários dos VEs, minimizando a energia não fornecida e as perdas no processo.