Anais do Evento
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SOLAR
IMPACTOS DO AVANÇO CONCENTRADO VS. PULVERIZADO DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA SOBRE A TENSÃO DA REDE BÁSICAJean M. D. Laste1, Lucas J. G. Furlan1, Maurício Romani1
1Universidade Federal do Paraná
E-mail: jean2marcos@gmail.com
A exploração de recursos naturais para fins energéticos apresentou grandes avanços com o desenvolvimento de tecnologias na área de energias. A geração de energia elétrica por parte do consumidor já está consolidada, denominada geração distribuída (GD). A GD apresenta inúmeras vantagens, como a redução de perdas de transmissão, sendo também uma forma de incentivo às fontes alternativas. Porém, desafios técnicos e regulatórios surgiram relacionados a este novo conceito, exigindo estudos de planejamento e operação dos sistemas elétricos de potência, preservando a confiabilidade e qualidade ao consumidor final. O presente trabalho teve por objetivo avaliar os possíveis impactos causados pelo avanço da GD junto ao módulo de tensão em barras específicas da rede básica de um sistema-teste. Para isto, foram realizadas simulações computacionais em regime permanente sobre o sistema-teste conhecido como Sistema Sul reduzido (33 barras, 7 grandes geradores, 9 barras de carga). O método do fluxo de potência continuado foi empregado para obtenção de curvas PV, sobre as quais as análises foram realizadas, sendo observando os valores de tensão e máximo carregamento possível, a partir de três estratégias de análise: 1) Avaliação de cenários de simulação com diferentes montantes de potência ativa injetada pela GD; 2) Avaliação de cenários de avanço pulverizado da GD (evolução da GD espalhada de diferentes formas pelo sistema) e; 3) Avaliação de cenários de avanço concentrado da GD (evolução da GD concentrada apenas em determinados pontos do sistema). Os principais resultados para o sistema-teste estudado indicaram que quanto maior a potência ativa de GD inserida, maior o máximo carregamento possível para o sistema, porém, aos custos de uma elevação da tensão nas barras analisadas. A análise também permitiu a observação de pontos positivos e negativos para diferentes formas e locais de inserção da GD, indicando que valores de máximo carregamento do sistema podem ser obtidos com menos potência de GD, dependendo de como esta foi inserida no sistema. Deve-se considerar que, na prática, ao atingir os limites de tensão, é exigida a desconexão da GD do sistema, levando a descontinuidades nas curvas PV, condição não abordada no presente estudo teórico.
Palavras-chave: Fluxo de potência continuado; geração distribuída; curvas PV
Agradecimentos: CNPq, Faperj (E-26/111.846/2012)