Anais do Evento
Download do arquivo PDF dos Anais do II Congresso de Energias Renováveis
BIOMASSA
TORREFAÇÃO DO RESÍDUO DA MANDIOCA PARA FINS ENERGÉTICOSMarcos P. P. Granado1, Gabriel T. Machado2, Elias R. D. Padilla3, Fábio M. Yamaji2, Andrea C. de Conti4
1UNESP - Universidade Estadual Paulista \\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\, 2UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos, Depto. de Ciências Ambientais, Sorocaba, Brasil, 3UNESP - Universidade Estadual Paulista , 4UNESP - Universidade Estadual Paulista
E-mail: andrea.cressoni@unesp.br
Em produções agrícolas após a colheita há o descarte de partes da planta, cujo aproveitamento energético é uma alternativa para produzir energia de maneira sustentável. Contudo o avanço no uso de resíduos agrícolas como fonte de bioenergia depende da utilização de tecnologias que o atribuam valor energético. Na torrefação se realiza um tratamento térmico na biomassa por meio do seu aquecimento lento, limitado de oxigênio, em temperaturas de 200 a 300 ºC, liberando a umidade e seus constituintes voláteis de baixo peso molecular. Neste trabalho, o objetivo foi de realizar o processo de torrefação na cepa de mandioca a fim de analisar seu efeito nas propriedades energéticas do resíduo, que é gerado durante a colheita da raiz de mandioca. O resíduo coletado in naturafoi seco, moído e torrefado em duas formas diferentes: com o material granulado e com o material densificado na forma de briquetes; realizando o processo de torrefação em temperaturas de 200 e 300 ºC, com tempo de torrefação de 30 e 60 min. Visto que a torrefação consiste em mudanças químicas dos componentes orgânicos da biomassa foi realizado análises da composição química do material. Ao analisar a cepa de mandioca granulada torrefada notou-se que conforme maior a temperatura de torrefação: maior o rendimento mássico, maior a concentração de carbono fixo, menor o conteúdo de voláteis, e maior o poder calorífico; enquanto que os briquetes torrefados apresentaram pouca variação nas suas propriedades, com exceção dos briquetes torrefados em 300 ºC por 60 min. Conforme os resultados encontrados, tem-se que a torrefação da cepa de mandioca pode aumentar de 21 a 51% seu poder calorífico inicial de 16,3 MJ/kg, e diminuir de 81% para até 42% seu conteúdo de voláteis, quando utilizado o material granulado, enquanto que o material densificado tem um processo de torrefação mais lento e necessita de maior tempo para promover as mudanças químicas dos componentes da biomassa, decorrente de sua alta densidade. Portanto, ao realizar a torrefação da biomassa densificada, tem-se a necessidade de utilizar maior temperatura e maior tempo de torrefação quando comparado com a biomassa granulada.
Palavras-chave: bioenergia, biomassa, densificação.
Agradecimentos: FAPESP (2018/11837-2; 2018/14827-8)